POESIA E FEMINISMO
DE PEITO ABERTO é um filme de Graziela Mantoanelli sobre aleitamento materno, momento de grandes transformações na vida das mães e dos bebês. O documentário conta a história de seis mães de diferentes realidades socioculturais durante os primeiros 180 dias de vida dos seus bebês, tempo recomendado pela Organização Mundial de Saúde para amamentação exclusiva, captando emoções, embates e discussões sobre o papel da mulher na sociedade atual, a relação entre maternidade e trabalho, as políticas públicas para amamentação e os interesses privados por trás do desmame precoce. Nas palavras do crítico Sérgio Rizzo, "prevalece, ao fim, uma abordagem que combina poesia e feminismo".
FEITO POR MUITAS MÃES
De Peito Aberto nasceu em 2015 como um projeto de documentário sobre aleitamento materno liderado por Graziela Mantoanelli. A proposta de acompanhar a jornada de seis mães por 180 dias transformou-se em uma grande campanha de financiamento coletivo, com participação e engajamento de 700 mulheres. Além de cobrir os custos inicias que viabilizaram a produção do filme, a campanha gerou uma demanda coletiva por novas narrativas sobre amamentação, sob a ótica e o protagonismo da mulher.
A MÃE DE TODAS AS CAUSAS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o aleitamento materno como “a estratégia isolada que mais previne mortes infantis”. Estamos falando de uma prática cultural que salva milhares de vidas. Aqui no Brasil somente 39% das mães oferecem aleitamento exclusivo nos primeiros meses de seus filhos. A média é de apenas 54 dias, quando o recomendado pela OMS é de 180 dias.